como fazer oleos essenciais

Os óleos essenciais são substâncias altamente concentradas e voláteis que podem ser extraídas a partir de plantas aromáticas. A sua utilização remonta a tempos antigos, e sua grande variedade de usos terapêuticos, medicinais e culinários garantiu sua popularidade. Cerca de 700 tipos diferentes de plantas contêm óleos essenciais úteis, e existem vários métodos empregues para extrair eles, sendo o mais comum a destilação. Apesar dos óleos essenciais serem caros para comprar, eles são relativamente baratos de se fazer em casa. Este guia fornece instruções básicas sobre como extrair os óleos usando um processo de destilação de água e vapor que é relativamente simples e eficaz.

editarPassos

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   Obtenha um destilador. Você pode comprar um especialmente projetado para a destilação de óleos, o que geralmente custa algumas centenas de reais; entretanto, se você quer fazer muita destilação e não gosta de criar os seus próprios equipamentos, esse é o caminho que você deve seguir. Se você quer fazer o seu próprio destilador, há muito espaço para a criatividade – você pode projetá-lo de muitas formas diferentes. Os principais componentes de um destilador são:
   1. Uma fonte de calor, usada para ferver a água. Calor direto embaixo do cilindro de evaporação, o método mais antigo de aquecimento. Hoje, também podemos usar o gás, como o gás propano ou butano e eletricidade. Os custos do material combustível são um grande fator econômico a se considerar ao buscar uma fonte de calor.
   2. O reservatório de retenção – também conhecido como retorta – que detém tanto a água e, logo acima da água, o material vegetal a ser destilado;
   3. O condensador, que recolhe o vapor de água e esfria-o, canalizando-o através de um tubo imerso em água fria.
   4. O separador, que separa o óleo essencial do vapor de água. O separador é uma das partes mais importantes de um destilador, pois permite que os óleos sejam separados de maneira passiva.
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   Colha sua matéria-prima. A quantidade de óleos essenciais contidos em uma planta varia ao longo do desenvolvimento dela; por isso, é essencial colhê-la na época certa. Isso vai depender do tipo de planta, então você precisa pesquisar para determinar quando colhê-la. Também é fundamental colher as plantas corretamente: tanto o manuseio descuidado quanto a colheita na hora errada do dia podem reduzir a quantidade e a qualidade dos óleos essenciais. Por isso a pesquisa é tão importante. Se estiver comprando o material colhido, você não tem muito controle sobre o processo de colheita. Por isso, procure por plantas que pareçam saudáveis e estejam em boas condições, e pergunte ao vendedor quando foram colhidas. Geralmente as plantas integrais (não trituradas ou em pó) são as melhores.
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   Seque a matéria vegetal. A secagem reduz a quantidade de óleo produzida, mas pode aumentar muito o seu rendimento por lote, pois isso comprime o material e permite um óleo mais condensado. A secagem deve ser lenta e, de maneira alguma, sob a luz do sol. Você pode também pode escolher não secar a sua matéria vegetal. Plantas comercialmente cultivadas, como lavanda e hortelã-pimenta, podem já ter sido secadas após o corte por um ou dois dias. O método de secagem ideal varia de planta para planta, mas em geral você não deve aquecê-las demais. A secagem à sombra ou em um quarto escuro minimiza o óleo perdido. Além disso, não seque as plantas demais: elas não podem ficar molhadas novamente durante a destilação. Destile as plantas o mais rapidamente possível após a secagem.
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   Adicione a água no recipiente do destilador. Use água limpa, de preferência filtrada ou destilada. Se você estiver usando um destilador manufaturado, siga as orientações do fabricante. Caso contrário, simplesmente certifique-se de ter água suficiente no ainda para completar a destilação; dependendo da planta e da quantidade, o processo pode demorar de meia hora a seis horas ou mais depois da água ferver. Certifique-se que o nível de água esteja perto o suficiente do fundo falso em que a matéria vegetal ficará – mas sem tocar nela. Se você estiver executando uma hidrodestilação (útil para flores delicadas, raízes em pó, casca ou madeira), você vai precisar colocar a matéria vegetal na água.
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   Adicione a sua matéria vegetal firmemente no recipiente. Evite cortar a matéria vegetal; isso fará com que você perca um pouco do óleo. A matéria vegetal deve ficar no fundo falso ou na grelha acima da água e devem tocar os lados do recipiente o mínimo possível. A camada de material de planta pode ser tão espessa e longa quanto a saída de vapor (alguns centímetros embaixo de um destilador pequeno, um metro abaixo de um grande).
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   Feche o recipiente e ferva a água. A maioria das plantas vai liberar seus óleos essenciais a 100 graus Celsius, o ponto de ebulição normal da água.
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   Fique de olho no recipiente. Depois de um tempo, a substância destilada deve sair do condensador e chegar no separador. O processo provavelmente não precisará de muita intervenção, com exceção do monitoramento da água, que não deve acabar. Dependendo da extensão do processo de destilação, também pode ser necessário mudar a água do condensador para que o processo de esfriamento continue. Siga as instruções específicas para a planta que você está destilando.
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   Filtre o óleo coletado (opcional). Quando a destilação tiver terminado, você pode filtrar o óleo através de um filtro ou coador. Certifique-se de que o pano esteja seco e limpo; resíduos de detergente e sujeira podem contaminar o óleo.
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   Despeje o óleo em um recipiente para o armazenamento. Faça isso o mais rápido possível. A maioria dos óleos essenciais tem prazo de validade de pelo menos dois anos, mas alguns duram bem mais. Para fazer com que o seu óleo dure o tanto quanto possível, ponha-o em um recipiente escuro ou de aço inoxidável. Use um funil limpo para derramar o óleo em um recipiente, e de que ele esteja limpo antes de derramar o óleo. Armazene a substância em local fresco e escuro.
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    Decida o que fazer com o hidrossol. O processo de destilação produz o óleo essencial e um "hidrossol", que é a água que foi destilada, e se acumulou no separador. Alguns podem ser prontamente reutilizáveis, como água de rosas ou lavanda. Se você não deseja salvar o hidrossol, é possível tanto derramá-lo no próximo lote (se você for destilá-lo imediatamente), ou descartá-lo.
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    Você também pode colocar a matéria vegetal direto na água. Esse método é mais fácil, mas a quantidade e qualidade do óleo ficará prejudicada. O melhor método é o destilação a vapor, em que a água é fervida numa retorta separada e em seguida bombeada para outra retorta, que contém matéria vegetal. Esse método gero óleo de melhor qualidade e permite que você controle melhor o processo, mas é mais complicado e caro de montar.
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    O rendimento varia de planta para planta. Você vai precisar de muita matéria vegetal para apenas um pouco de óleo essencial. Também é possível fazer só hidrossóis: nesse caso, basta um destilador de cobre de 5 litros ou 10 litros. Se você planeja fazer óleos essenciais, pense em comprar um aparelho maior. Um destilador de 40 litros giratório, por exemplo, permite que você faça até 18 litros de óleos essenciais e uma grande quantidade de hidrossóis.
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    A maioria dos óleos essenciais fica nas veias da planta, e elas são muito frágeis. Se você quebrá-las, a produção de óleo cairá; por isso, é essencial lidar com as plantas com cuidado e manejá-las o mínimo possível.
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    Os melhores componentes para a destilação são os de aço inoxidável e vidro. Não use tubos de plástico. O cobre é o material geralmente usado para a retorta, e funciona bem com uma variedade de plantas. Algumas vezes, elas podem conter produtos químicos que reagem com ele e produzem impurezas indesejadas – o cobre com estanho, entretanto, é adequado em todos os casos. O alumínio também pode ser utilizado – desde que você não destile gaultéria e cravo, pois essas duas plantas contêm fenóis.
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    Apesar da destilação remover muitas impurezas, pesticidas e herbicidas podem contaminar o óleo. Por essa razão, é melhor usar plantas cultivadas organicamente, seja comprando-as de um vendedor confiável ou plantando-as você mesmo.
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    Os óleos essenciais são extremamente concentrados; por isso, muitas vezes é aconselhável diluí-los em outro óleo antes de aplicá-los sobre a pele. Os óleos de diluição mais populares são de amêndoas e sementes de uvas, mas vários outros tipos de óleo podem ser utilizados. Eles podem ser adicionados durante o processo de engarrafamento ou misturado com o óleo puro antes de usar. Geralmente se prefere o último processo, porque diluir o óleo durante o processo de engarrafamento diminui os usos e a validade.

editarAvisos

• Mesmo que a planta seja de origem orgânica, isso não significa que ela não foi tratada com pesticidas ou fertilizantes – apenas que foram utilizadas substâncias menos tóxicas. Tente encontrar um produtor local que saiba dizer planta foi cultivada.
• Não faça a destilação por muito tempo; isso pode render mais óleo, mas pode contaminar o seu lote com compostos químicos indesejáveis. Verifique as instruções para cada planta.
• A maioria dos óleos essenciais não deve ser ingerida, especialmente se tais óleos não forem diluídos – eles precisam ser diluídos mesmo quando aplicados topicamente. Além disso, alguns óleos essenciais são tóxicos. Para mais informações, faça pesquisa adicional.
• Ao secar a matéria vegetal, cuidado para não permitir que o material se contamine com sujeira, poeira, ou outros contaminantes. A contaminação irá reduzir a qualidade de seu óleo e pode até mesmo estragá-lo.
• Para a maioria das flores, pule o processo de secagem e destile logo após a colheita.

editarMateriais Necessários

• Equipamento de destilação:
  • Um tanque ou retorta.
  • Um condensador.
  • Um forno (ou qualquer outra fonte de calor).
  • Separador.
• Tubo de vidro para conectar componentes de destilação.
• Matéria vegetal para extração.
• Recipientes de vidro escuro ou de aço inoxidável para armazenar os óleos.